terça-feira, 10 de março de 2009

Palmeiras 1 : 1 Corinthians



Pela primeira vez, desde Março de 2008, o Corinthians enfrentou o seu principal rival e conseguiu empatar por 1-1 num jogo muito aguardado.

Os dois clubes trataram de criar ações para a valorização do clássico e harmonizaram como poucas vezes nos 92 anos de história do confronto. Do ponto de vista organizacional parece que tudo correu bem, mas cometeram o grave erro de iniciar o jogo às 16 horas sob o forte calor da cidade de Presidente Prudente no interior do Estado de São Paulo.

Com cerca de 35º C a primeira parte do jogo não teve nada de especial, muito pelo contrário, nem parecia que era um Palmeiras e Corinthians. Um jogo muito lento, sem ataques e com muitos erros de ambas equipes. Notava-se que os jogadores não tinham força para superar as dificuldades extras que o calor trouxe para o clássico.

Os responsáveis pelo futebol paulista precisam saber que o espetáculo seria muito melhor em condições mais amenas e podiam começar o jogo às 18 horas. O público tem direito ao espetáculo e não a 45 minutos de futebol mau jogado, muito em função do calor.

Mas por sorte, na segunda parte do jogo o calor estava menos forte e então as equipes passaram a jogar futebol, que se não foi brilhante, ao menos manteve a tradição do clássico.

O Palmeiras marcou primeiro. Keirisson de costas para o gol conseguiu erguer a bola para a área do Corinthians. O goleiro Felipe, enganado pelo quique da bola no chão, não conseguiu agarrá-la e Diego Souza fez o que tinha que fazer, dominou a bola, trouxe-a para a pequena área e marcou o gol que deu vantagem ao rival.

Perder para o Palmeiras poderia trazer péssimos efeitos colaterais para o Corinthians. Infelizmente a equipe havia perdido os últimos 4 jogos para o rival e, muito além de brigar pelo primeiro lugar no Campeonato Paulista, está a necessidade de ganhar do Palmeiras e passar para o lado de lá os efeitos nefastos de uma derrota para o maior rival.

Com o gol palmeirense, o Corinthians passou a atacar mais, ao mesmo tempo que permitia ao rival armar perigosos contra ataques. O jogo ficou rápido e com ingredientes de um grande clássico. Felipe, que falhou no gol do Palmeiras, fez outras defesas importantes que impediram outro gol do rival.

No ataque o Corinthians apertava e tentava empatar, mas o jogo sempre parava na defesa do Palmeiras. Quando Mano Menezes mudou a equipe (entraram Dentinho, Ronaldo e Alessandro, saíram Souza, Escudero e Fabinho), o Corinthians manteve a pressão e aos poucos Ronaldo foi entrando no jogo.

Num lance muito bonito, Ronaldo recebeu a bola avançou e de fora de área chutou. A bola tinha a direção do ângulo superior esquerdo do goleiro Bruno, que não conseguiu defender. Para azar do Corinthians a bola bateu no travessão e foi para fora. Mas foi um bom sinal, um sinal que nem tudo estava perdido, um sinal de que com Ronaldo em campo, mesmo ainda longe da forma física e sem a mesma agilidade de antes, é um jogador espetacular e causa preocupações na defesa adversária.

Em outro momento, Ronaldo recebeu a bola de costas para o gol, na lateral da grande área, enganou o defensor palmeirense e foi a linha de fundo e centrou para firme cabeçada de André Santos. Bruno fez grande defesa e impediu o empate.

No fim, praticamente no último lance do jogo, Douglas cobrou escanteio e a bola chegou na segunda trave, onde Ronaldo estava e de cabeça marcou o gol de empate para o Corinthians.
O primeiro gol de Ronaldo com a camisa do Corinthians signficou muito para a equipe e para o jogador. O gol impediu a derrota para o maior rival e os consequentes problemas que iriam surgir.

A presença de Ronaldo, mesmo longe das condições ideais, mostrou que em poucas semanas o jogador deverá render mais e o Corinthians terá um grande reforço para a fase final da competição.

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